Reduzindo Emissões e
Aumentando a Produtividade
A Embrapa calcula que a intensidade de emissões de efeito estufa (IGEE) relacionadas às operações mecanizadas (uso de diesel) e o uso de insumos químicos (fertilizantes e agrotóxicos) nos sistemas de produção típicos de cada região de produção brasileira, também conhecidos como modais, estão em torno de 400 kg de CO2 equivalente por tonelada de grãos produzidos.
O Programa SBC estima que o potencial de redução das emissões de GEEs pode ser de aproximadamente 30%, ao se adotar as tecnologias sustentáveis preconizadas pela pesquisa. Isso porque as práticas agrícolas que reduzem as emissões de GEEs são as mesmas que aumentam a produtividade e reduzem os custos, trazendo ganhos ao sistema produtivo.
O Programa SBC estima que o potencial de redução das emissões de GEEs pode ser de aproximadamente 30%, ao se adotar as tecnologias sustentáveis preconizadas pela pesquisa. Isso porque as práticas agrícolas que reduzem as emissões de GEEs são as mesmas que aumentam a produtividade e reduzem os custos, trazendo ganhos ao sistema produtivo.
Sistema Plantio Direto (SPD)
Segundo levantamento da Federação do Plantio Direto da Palha, no Brasil, há cerca de 33 milhões de hectares cultivados em Sistema Plantio Direto (SPD). O SPD reduz a erosão e gera economia de corretivos, fertilizantes e operações de preparo de solo, além de permitir maior armazenamento de água no solo, beneficiando a cultura durante períodos de seca.
No entando, nem toda a área utiliza os princípios preconizados pelo SPD, que têm base na redução do revolvimento do solo com a preservação de sua cobertura por plantas cultivadas ou seus resíduos vegetais e na rotação de culturas. Existem diferentes níveis de adoção do sistema, o que indica que o sistema pode ser aperfeiçoado.
No entando, nem toda a área utiliza os princípios preconizados pelo SPD, que têm base na redução do revolvimento do solo com a preservação de sua cobertura por plantas cultivadas ou seus resíduos vegetais e na rotação de culturas. Existem diferentes níveis de adoção do sistema, o que indica que o sistema pode ser aperfeiçoado.
Manejo Integrado de Pragas (MIP)
Outra prática mitigadora de GEEs é o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Levantamento realizado pela Embrapa, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), comprova que as áreas que adotam o conjunto de práticas estabelecidas pelo MIP conseguem reduzir em 30% a aplicação de inseticidas e fungicidas. Um menor número de aplicações implica em menor consumo de diesel por hectare, reduzindo diretamente as emissões de GEEs. Além disso, o menor consumo de agrotóxicos também diminui indiretamente as emissões, pois há produção de GEEs na fabricação, armazenamento e transporte desses produtos.
Manejo Integrado de Doenças (MID) e Manejo de Plantas Daninhas (MIPD)
O mesmo raciocínio pode ser adotado, ao se analisar a adoção de tecnologias nos manejos integrados de doenças e de plantas daninhas, por meio de diferentes métodos – químicos, mecânicos, biológicos e culturais – para prevenir e controlar esses problemas.
Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN)
A aplicação de nitrogênio mineral na soja, prática desnecessária, ainda é encontrada em parte do sistema de produção de algumas regiões, o que pode implicar na emissão de mais de 100 kg/ha de CO2 equivalente. Essa prática deve ser substituída pela adoção plena da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), o que é mais um exemplo de adicionalidade que será considerada no protocolo SBC. A inoculação da soja com bactérias fixadoras de N (rizóbios), em associação com outra bactéria que estimula o crescimento da soja (Azospirillum), resulta em ganhos de produtividade da ordem de 16%, por ano. Essa tecnologia propicia uma economia anual estimada em R$ 38 bilhões por safra, ao dispensar o uso de adubos nitrogenados.
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
A integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais, em uma mesma área. Pode ser realizada por meio de cultivo consorciado, sucessão ou rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades. A produção integrada pode fornecer vários serviços ambientais, tais como sequestro de carbono, aumento e conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade do solo, da água e do ar.